Os cães não são todos iguais. Cada raça possui características próprias, tanto físicas, quanto de temperamento, que a habilita a desempenhar determinada função. Muitas vezes essas características e funções são parecidas, o que faz com que determinadas raças sejam reunidas no mesmo grupo. Confira a seguir os principais grupos de acordo com a CBKC e algumas de suas raças.

Pastores e Boiadeiros

Cães deste grupo possuem muita energia e foram criados para o trabalho, portanto, gostam de cumprir ordens e precisam de desafios mentais e tarefas para se manterem ocupados.

Pinschers, Schnauzer, Raças Molossóides, Cães Montanheses Suíços e Boiadeiros

O significado da palavra terrier é terra, do Latim. A maioria dos cães desse grupo surgiu no campo, realizando atividades como a caça, pois são capazes de cavar e entrar em tocas para buscar presas. São mais rústicos, possuem temperamento forte e, às vezes, não são tão receptivos com outros animais, sendo importante, portanto, a correta socialização.

Terriers

O significado da palavra terrier é terra, do Latim. A maioria dos cães desse grupo surgiu no campo, realizando atividades como a caça, pois são capazes de cavar e entrar em tocas para buscar presas. São mais rústicos, possuem temperamento forte e, às vezes, não são tão receptivos com outros animais, sendo importante, portanto, a correta socialização.

Dachshund

Os cães desse grupo são conhecidos desde a idade média, também chamados de Dackel, Teckel, Doxie e, no Brasil, de Cofap e até “Salsicha”, por causa de seu formato. São descendentes de Bracos e foram criados para a caça debaixo da terra. Desses cães de pernas curtas chegou-se ao Dachshund, cujo nome significa “cão” (hund) de texugo (dachs). É conhecida com uma das mais versáteis e úteis raças de caça, além disso, possui alto instinto de busca seguindo animais feridos. No total, existem nove variedades da raça, com diferenças no tipo de pelo e tamanho. É uma das raças mais conhecidas e emblemáticas da Alemanha, tendo sido escolhida para mascote dos Jogos olímpicos de Munique (Alemanha), realizados em 1972, com o nome de “Waldi”.

Spitz e Cães do tipo Primitivo

Este grupo é formado por cães mais rústicos e de origem muito antiga, algumas dessas raças são muito populares no Brasil. Normalmente, possuem a independência como principal característica e, por isso, costumam ser mais teimosos e demandam um tutor mais experiente. Também são mais reservados e preferem estar somente com seus donos. De qualquer forma, são dóceis, sociáveis e fortes. Possuem a aparência muito bonita, pelagem dupla e rabo sobre o dorso.

Sabujos farejadores e assemelhados

Este grupo é formado por cães com olfato mais apurado, que são capazes de perceber o cheiro de um outro animal que tenha passado pelo local há 4 dias. Também são conhecidos por possuir alta resistência física, capacidade de trabalho em grupo e perseguição de presa. Normalmente, são sociáveis e costumam conviver bem com outros cães. Os cães desse grupo possuem um nível de energia mais alto, portanto, é importante que realizem bastante exercício.

Cães de Aponte

Este grupo é formado por cães rústicos, versáteis, resistentes e com energia para correr por horas. Foram desenvolvidos para auxiliar e  sinalizar para o caçador, através de sua expressão corporal, onde estão os animais a serem abatidos, bem como localizar as presas e buscá-las, depois de abatidas. Normalmente, precisam de espaço e exercícios diários.

Retrievers e Levantadores

Este grupo é bastante alegre e possui muita energia, o que o faz precisar de exercícios regulares, tanto físicos, como mentais. São cães muito companheiros, leais e ótimos amigos para as famílias. Também costumam adorar brincar na água. Os Retrievers surgiram para acompanhar os caçadores e buscar as presas abatidas (inclusive na água). Por sinal, seu nome significa “aquele que recupera”. Já os Levantadores eram usados para levantar as aves, para que fossem abatidas – daí, a origem o seu nome.

Cães de Companhia

Para quem procura por raças que vivam bem dentro de casa e que sejam boas companhias para a família, este é o grupo ideal. São cães alegres, que adoram brincar e, depois de fazerem suas atividades, gastando sua energia, ficam ao lado dos tutores, descansando por horas. São independentes, o que pode mudar de acordo com o tratamento recebido dos donos (se os mimarem muito, por exemplo, eles ficarão mais apegados e dependentes deles). Por gostarem de conviver em grupo, não devem ficar sozinhos por muito tempo. O ideal é que seu cotidiano contemple momentos de diversão e descanso ao lado do tutor, bem como momentos sozinhos – pegando sol, distraindo-se com algum brinquedo ou fazendo qualquer outra coisa, mas sem intervenções.

Galgos e Lebréis

De aparência elegância e nobre, muito característica, este grupo tem corpo de velocista, olhar observador e instinto natural para a corrida. Em inglês, estes cães são conhecidos como sighthounds, traduzindo, “cães de caça pela vista”. Além de serem observadores, eles têm uma ótima visão, que os faz acompanhar os movimentos de suas presas em perseguições de alta velocidade. O nome “lebrel” se refere à lebre, enaltecendo outra característica típica do grupo: a velocidade. Por conta disso, é preciso ter cuidado quanto aos obstáculos em seu caminho, já que, devido ao seu instinto natural para a corrida, podem acabar colidindo com algum objeto e se ferindo. Costumam ser bem dóceis e sociáveis com as pessoas, salvo com desconhecidos, com quem agem de forma mais reservada. São bastantes ligados aos seus donos, não devendo ficar longos períodos sozinhos. É importante que façam atividades diariamente, como longas caminhadas, para que não fiquem entediados.

Raças não reconhecidas pela FCI

Apesar de não serem reconhecidas internacionalmente pela Federação Cinológica Internacional, as raças deste grupo já foram oficializadas por outras instituições caninas, sendo desenvolvidas para as mais diversas funções – como cães de companhia, guarda, caça e pastoreio, por exemplo. Dentre elas, seis foram criadas em território brasileiro. Aliás, uma curiosidade: até hoje, apenas duas raças brasileiras foram reconhecidas internacionalmente: o Fila Brasileiro, em 1968, e o Terrier Brasileiro, em 1996. Mas, voltando ao grupo das raças não reconhecidas pela FCI, vamos aprender um pouco mais sobre algumas delas, a seguir.